MMA Sul – Há rumores que você estaria fechando um contrato com o Ultimate Fighting Championship. É verdade?
Vitor Miranda – Ainda não tem nada concreto, mas há uma grande possibilidade, já que sou o mais novo peso-pesado da Nova União, devido a nossa parceira. Eles não têm pesos-pesados. Então, se o evento pedir um peso-pesado para o André Pederneiras (dono da Nova União), a prioridade é minha. Sou o primeiro da fila.
MMA Sul – Você se sente preparado para lutar no Ultimate contra os melhores do mundo?
VM – Com certeza. Acho que posso alcançar o mesmo nível que atingi no Muay Thai. Se eu conseguir isso vou poder bater de frente com qualquer atleta do mundo. Tenho coisas para aprender ainda, mas estou nessa batalha para alcançar os melhores do mundo.
MMA Sul – Como surgiu sua parceria com a equipe Nova União, do Rio de Janeiro?
VM – Surgiu há dois anos, quando conheci o Pedro Rizzo, um grande striker brasilerio. Desde então a gente treina junto, um ajudando ao outro e trocando técnicas.
MMA Sul – Qual a importância para você, preparar Thales Leites para a disputa do cinturão dos médios do UFC contra Anderson Silva, dia 18 de abril?
VM – Fico muito honrado, porque é um brasileiro disputando um título mundial, um título muito importante. Então, ter sido designado para treinar a parte de Muay Thai dele é muita honra, muita felicidade. Espero conseguir fazer um bom trabalho e ele vença a luta.
MMA Sul - Você se considera o melhor brasileiro da categoria até 93 kg lutando em pé, sua especialidade?
VM – Não me considero, mas quem considera são os próprios adversários, a mídia especializada e os fãs. Então, faço o máximo para manter esse status e continuar com as minhas vitórias nessa modalidade.
MMA Sul – Muitos atletas quando vencem suas lutas no Brasil e no exterior agradecem suas cidades, seus estados e até erguem bandeiras. Você não faz isso porque não recebe apoio?
VM – Olha, na verdade, pra ser sincero, sou brasileiro, sou brasileiro até morrer, mas brasileiro no sentido de carregar o povo brasileiro e não os governantes brasileiros, que não dão apoio, como a mídia brasileira também não dá. É muito difícil, então, carrego nas costas minha família, meus amigos e o povo brasileiro. Não o Brasil como governo.
MMA Sul – Depois de grandes vitórias na carreira e convites para disseminar suas técnicas de Muay Thai em vários países, você obteve reconhecimento mundial. Qual a sua opinião sobre a falta de reconhecimento das pessoas da sua cidade e do seu estado?
VM – Acho que é mais uma vez falha da mídia. Porque se você olhar na mídia especializada meu nome está sempre entre os cabeças. Mas graças a Deus Joinville está recebendo novos eventos de luta. Acredito que agora as coisas estão mudando. Os lutadores estão sendo mais reconhecidos aqui na cidade. Com certeza é uma falha que Joinville tinha, assim como outras cidades menores, que não dão ênfase para outras lutas, só luta de boxe. Inclusive, não só eu lutador de Muay Thai, mas vários atletas olímpicos estão dando o sangue pelo Brasil sem serem reconhecidos devidamente.
MMA Sul – Tem algum lutador que você gostaria de enfrentar?
VM - Os melhores sempre. Estou começando agora, os adversários estão ficando mais difíceis a cada luta. Espero conseguir derrotá-los, até chegar no melhor do mundo.
MMA Sul – Seu foco está no MMA, mas lutar no k-1 Japão nunca mais?
VM - Com certeza quero lutar o K-1, ainda é um sonho. Mas não posso ficar esperando sentado por essa oportunidade. Então, estou trabalhando no MMA, e a hora que pintar a oportunidade certa no k-1 estarei lá. Mas para isso terei que fazer eliminatórias, ganhar na Europa para poder chegar entre os oito melhores. E é isso que vou fazer.
MMA Sul – Qual o seu principal sonho como lutador?
VM - É estar entre os melhores. Ter a chance de um dia disputar um título mundial, seja no MMA ou no K-1. Com certeza essa é uma das maiores conquistas para qualquer lutador.
MMA Sul – Nas suas duas últimas lutas pelo Shooto Brasil você nocauteou o argentino Gustavo Móia e o brasileiro Renato “Cachorro Louco”. Foram lutas rápidas, com joelhadas nas costelas. É estratégia?
VM - Não é estratégia. Mas isso prova que o nosso Muay Thai da M-13 de Joinville é um dos melhores do Brasil. Sempre treinamos para nocautear. Nunca vou querer perder a minha essência do Muay Thai. Então, esses nocautes são reflexos do nosso Muay Thai apurado.
Vitor, o blog agradece pela entrevista e deseja que você faça uma grande luta contra o também striker Maiquel Falcão, dia 16 de maio, no Nitrix Show Fight II, em Joinville.
“Muito obrigado pela oportunidade mais uma vez. Darei o melhor de mim na próxima luta. Será mais um espetáculo para Joinville”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário